Com Tradições
Há um café, ali na Correia Teles, entre a minha casa e a da Inês (mais perto da minha...), que se chama "Com Tradições". O dito estabelecimento abriu há pouco mais de um ano, pelo que, digamos, é ainda muito jovem para que se fale em tradições.
O local onde se situa não é isento de historial. Na mesma morada, situava-se a Loja das Viagens onde iniciei o meu fascínio pela bijuteria e artesanato sul americanos. Foi também à porta desta loja, que num dia de chuva intensa, chorámos a rir com a queda de uma velhota que levava a mise protegida por um saco de plástico de um qualquer supermercado. Foi também por aqueles lados, que muitas manhãs eternamente esperei pela sempre atrasada Inês, com quem partilhava o caminhopara o liceu.
Falamos então de um café que nasceu sobre toda uma história. A nossa história. Também é certo que nesses dias não eramos de todo dadas à doce languidez da mesa de café. Reuniamo-nos então em minha casa para a má-língua e quadrilhice sobre os eventos que marcavam o nosso dia-a-dia de adolescentes. Galhofávamos, diziamos mal, desabafávamos, sofriamos males de amor, tudo num morno e aconchegante ambiente de uma quase histeria de hormonas. Desses idos dias ficaram memórias engraçadas.
Agora, porque somos mais crescidas, porque as tardes são para trabalhar, continuamos as nossas tertúlias de um modo algo diferente. Rendemo-nos ao espaço comum de um café e nele discutimos as vicissitudes da vida de adultas.
Não deixa de ser engraçado que, quando nos sentimos demasiado grandes para limitar os nossos rendez-vous ao espaço de um quarto, abra um café com um nome tão sugestivo...
O local onde se situa não é isento de historial. Na mesma morada, situava-se a Loja das Viagens onde iniciei o meu fascínio pela bijuteria e artesanato sul americanos. Foi também à porta desta loja, que num dia de chuva intensa, chorámos a rir com a queda de uma velhota que levava a mise protegida por um saco de plástico de um qualquer supermercado. Foi também por aqueles lados, que muitas manhãs eternamente esperei pela sempre atrasada Inês, com quem partilhava o caminhopara o liceu.
Falamos então de um café que nasceu sobre toda uma história. A nossa história. Também é certo que nesses dias não eramos de todo dadas à doce languidez da mesa de café. Reuniamo-nos então em minha casa para a má-língua e quadrilhice sobre os eventos que marcavam o nosso dia-a-dia de adolescentes. Galhofávamos, diziamos mal, desabafávamos, sofriamos males de amor, tudo num morno e aconchegante ambiente de uma quase histeria de hormonas. Desses idos dias ficaram memórias engraçadas.
Agora, porque somos mais crescidas, porque as tardes são para trabalhar, continuamos as nossas tertúlias de um modo algo diferente. Rendemo-nos ao espaço comum de um café e nele discutimos as vicissitudes da vida de adultas.
Não deixa de ser engraçado que, quando nos sentimos demasiado grandes para limitar os nossos rendez-vous ao espaço de um quarto, abra um café com um nome tão sugestivo...